Tiraram as suas roupas,
deixaram os adjetivos.
Eles lhe emprestam sua vibração,
seu apoio e força.
Sacrificaram seus sonhos,
sobraram os advérbios,
que permitem suas bem
fundamentadas hipérboles.
Fecharam portas e janelas.
E os verbos? Ah! Os verbos . . .
Os verbos ficaram,
sem verbos não há vida.
Acabaram com tudo,
pisaram em suas ilusões.
Ainda há lápis e papel.
Poeta! Tu vives.
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