segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Mundo Meu


Prefiro o mundo dos sonhos,
das viagens ilusórias,
dos paraísos artificiais.
O mundo das verdades inventadas.


Incomoda-me, no entanto, as mentiras,
as perversidades, os atropelos,
a falta de amor
e as pessoas com máscaras.


Gosto de correr no campo,
de tomar banho de chuva,
de nadar no mar gelado.


Preciso do perfume das flores,
de grandes amores
e de pessoas descomplicadas.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

"Não precisa mudar . . ."

É necessário saber que as pessoas a seu redor não vão mudar. Sabe aquele chato falador e que dá conta da vida de todos? Ele será sempre assim. E aquele colega – de escola, de faculdade ou de trabalho – que sempre faz comentários ácidos a respeito dos outros e não enxerga suas próprias limitações, lembra–se dele? Pois é, ele nunca mudará. Essas pessoas são assim desde sempre. Sinto–me, especialmente, incomodado com as pessoas “mornas”, aquelas que não reagem ao calor nem ao frio, que estão sempre à espera de coisas prontas, que não se movem. É duro entender o motivo que leva pessoas tão saudáveis, às vezes jovens, a não se preocuparem em mudar e viver melhor. Felizmente, cheguei a uma conclusão libertadora: pessoas assim existem para testar os nossos limites e fazer com que enxerguemos a vida de forma diferente. O poeta Cazuza, em “Blues da Piedade”, já dizia: “. . . Pr’as pessoas de alma bem pequena, remoendo pequenos problemas. . .” É isso. O problema está no tamanho da alma. Um dia todos serão grandes.

Uma nota só


















Estava em minhas ponderações totalmente absorto.
Não percebi uma portentosa presença ao meu lado.
Não senti o perfume maldito da doce vilania.
Meus sentidos me traíram, sorri, levemente.



Golpeado, pois – distraído – sou presa fácil.
Gosto do desgosto; inesquecível momento.
Torrenciais chuvas e estrelas cadentes,
carvão, cinzas e amores perdidos.



Duras palavras, suave voz.
Trevas da noite, cheiro da brisa da manhã.
Escuro, cruel, acidental, incerto.
Se houver lucidez na loucura, aqui estou eu.

Banco

Cifras, números e notas.
Um mundo cruel, violento,
implacável.


Pessoas mecanizadas,
corações gelados,
vidas engessadas.


Poucos apertos de mão.
Sorrisos amarelados.
Gente que não é gente.
Cansaço.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Uma doce canção de amor

















Quero sentir a brisa do mar,
quero ser o vento frio do sul.
Caso haja paixão em teu olhar,
Não se engane, eu sei: é covardia.

Entenda da forma que puderes,
da forma que a tua inteligência permitir.
Plantaste falsas sementes de flores,
colherás ardor, furor e apatia.

Hei de amar cada manhã de sol em cada dia.
Hei de cantar a mais bela canção de agonia.
Hei de ver-te na perdição das tristes noites de alegria
Hei de vencer todas as batalhas contra mim erguidas.

sábado, 21 de agosto de 2010

Distância

Em meio a tantos quentes corações;
o meu, ainda frio, dorme.
Iludido por doces palavras,
confiante, espera.


A distância é física,
quilômetros nos separam.
O tempo imobiliza, congela,
massacra.


Longa espera é esta.
Dor que me faz temer.
Sensação desconfortante,
tamanha falta de prazer.