Completam-se, hoje, nove anos do atentado às torres gêmeas – World Trade Center – em Nova Iorque. Muito se disse nesse período, contudo poucos esforços no sentido de analisar imparcialmente o acontecido. Fruto de um ataque terrorista, a queda das torres representa muito mais do que a guerra entre o islamismo fundamentalista e o capitalismo fundamentalista. Nada justifica tamanha barbárie, entretanto sabe-se, agora, que os Estados Unidos da América não são onipotentes, são vulneráveis a ataques como qualquer outra nação. Alguns pontos deveriam ter sido melhor debatidos, como a necessidade de intervenção americana em outras nações sob o pretexto de garantir a “autonomia” dos países. Está claro que os interesses são outros. Sobre o fundamentalismo, que “não é uma doutrina, mas uma forma de viver e interpretar a doutrina”, como afirma Leonardo Boff em “Fundamentalismo”, sabemos que o capitalismo é muito mais selvagem que qualquer outra doutrina, seja ela econômica ou religiosa. Um das cidades mais bonitas e ricas do mundo, Nova Iorque, teve seu momento de guerra, o símbolo do imperialismo econômico americano caiu, mas ainda sim, hoje, nada mudou no panorama mundial em relação à visão que se tem dos islâmicos; haja vista um pastor protestante querer queimar o alcorão. Muitas coisas têm que ser repensadas no mundo moderno, não vivemos mais em cavernas. Queimar alcorão, chutar imagem de santa, chamar de demônio os deuses dos outros não são atitudes racionais. O início de tudo está em aceitar as diferenças e saber que há outros modos de viver. Não somos todos iguais, seria muito ruim se fossemos. Muitos já lutaram em diferentes partes do mundo para que pudéssemos enxergar a importância de se conviver sem lutar. Gandhi, Mandela, Luther King são alguns exemplos. Há muitas pessoas que pensaram diferente e fizeram diferente. O homem moderno desbrava o universo, a consciência humana ainda não inventou a roda.
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